Mercado da República da China

A 2ª maior economia mundial passa por um processo de transformação que vem surpreendendo e refefinindo o planeta. Com um vigoroso crescimento econômico, ano após ano, e investimentos cada vez maiores, a China torna-se imprescindível para a estratégia de qualquer empresa.

Hoje, suas fábricas oferecem qualidade, preço, tecnologia e escala, o que torna seus produtos altamente competitivos, atendendo os mais sofisticados níveis de exigências e fornecendo para diversos países no mundo inteiro. Além disso, a China detém o maior mercado consumidor do planeta, que conta com mais de 500 milhões de clientes potenciais que compram de tudo nos mais diversos setores. Com isso, alcançou o posto de principal parceiro comercial para vários países, inclusive para Angola.

As projeções apontam que a China será a maior economia mundial até 2030, tendo como base o acelerado e sutentado crescimento econômico, alto nível de investimentos estrangeiros e dinamismo de suas empresas.

DADOS 2012:

Reflexos do crescimento econômico da China

A China obteve o ritmo mais rápido de expansão entre os países do G-20, de 1,8% no primeiro trimestre.

*Reestruturação econômica é um dos elementos mais cruciais da reforma da China e abertura política. Durante os primeiros 30 anos da República Popular da China, o governo aplicou um sistema de economia planificada, na qual a produção industrial e agrícola, e o armazenamento e venda de mercadorias em departamentos comerciais eram controladas pelo planejamento estatal. A quantidade, variedade e preços em todas as esferas da economia eram todas fixadas por estado. Enquanto isso contribuiu para o desenvolvimento planejado, orientado e estável da economia da China, também enfraqueceu a sua vitalidade e limitou o seu crescimento.

As reformas econômicas começaram nas áreas rurais em 1978, e foram estendidos para as cidades em 1984. Em 1992, após cerca de 10 anos de reforma no sentido claro da criação de uma economia socialista de mercado, o governo estabeleceu os princípios fundamentais da reestruturação econômica:

Incentivar o desenvolvimento de elementos económicos diversificados mas mantém o predomínio do setor público;
A criação de um sistema empresarial moderno para atender às exigências da economia de mercado;
Formação de um sistema de mercado unificado e aberto em toda a China, ligando os mercados doméstico e internacional;
Promover a otimização dos recursos;
Transformação da gestão econômica do governo, a fim de estabelecer uma completa de macro-controlo sistema;
Incentivo a grupos de algumas áreas para prosperar financeiramente antes de permitir ajudar os outros em direção à prosperidade também, a formulação de um sistema de segurança social adequado à China tanto para os residentes urbanos e rurais, de modo a promover o desenvolvimento econômico global e a assegurar a estabilidade social.
Em 1997, o governo sublinhou a importância do setor privado para a economia nacional da China, em que a rentabilidade era incentivada pelos fatores essenciais de produção capital e tecnologia, de modo a novos progressos nas reformas econômicas.

Um sistema econômico socialista de mercado se concretizou, e o papel desempenhado pelo mercado passou por um processo de melhorias na esfera da alocação de recursos. Ao mesmo tempo, o sistema de macro-controle continua a ser aperfeiçoada. O padrão consiste basicamente no papel principal que o setor público desempenha ao lado de setores não-públicos, como empresas privadas e individuais para alcançar o desenvolvimento comum.

Segundo o plano, a previsão para a economia da China indica uma economia de mercado socialista relativamente completa em vigor com resultados concretos até 2020.

 

*Fonte: Chinese Government’s Official Web Portal

4)cultura
A China é berço de uma das civilizações mais antigas no mundo com uma história de mais de 5 mil anos. Durante esse período, criaram-se diferentes costumes, arte, culinária, crenças e celebrações que ao longo do tempo foram se mesclando e desenvolvendo por toda vasta região que abriga as terras da China que conhecemos hoje.

As diferentes províncias e as 56 etnias diferentes, cada qual com suas tradições e manifestações, formam um variado, sofisticado e rico mosaico cultural. A mescla de culturas regionais resulta no que conhecemos em termos gerais como “cultura chinesa” manifestada em diversas formas.

Idioma

Quando nos referimos ao idioma “chinês”, nos referimos ao “mandarim” que é a língua oficial do país e idioma mais falado no mundo, com mais de 900 milhões de praticantes. Serve de língua mãe aos falantes de diferentes regiões, cada qual com seu dialeto local, de toda a China. Pela sua importância e alcance, é um dos seis idiomas oficiais da ONU.
Há centenas de dialetos falados por toda China agrupados por semelhança em 10 principais “grupos” que prevalecem em suas regiões geográficas. Além do Mandarim, há: Wu & Hui (região em torno de Xangai), Yue (Cantonês, região Guangdong e Hong Kong), Hakka & Min (região sudeste incluindo Fujian e Taiwan), Xiang (Hunan), Jin (Shanxi) e Gan (Jiangxi).

Cultura 1
Mapa de Idiomas Chinês
Arquitetura


A arquitetura é dos pontos altos da civilização chinesa. Seus estilos respondem às características e necessidades regionais, modos de produção econômica, estrutura política e religiosa, hábitos cotidianos e padrões comportamentais.

Arquitetura antiga


Houve três períodos de grande destaque na história da antiga arquitetura chinesa: dinastias Qin e Han; Sui e Tang e Ming e Qing. Os caixilhos de madeira, as grandes coberturas e os pátios quadrangulares (Siheyuan), por exemplo, tornaram-se referências internacionais.

No norte do país, os chineses empregam uma estrutura de madeira e terra para resistir ao frio e ao vento; no sul da China, predominam o bambu e o junco, além da madeira e do barro. Em outras regiões, a estrutura de estacas para evitar a umidade e facilitar a circulação de ar. As pedras, por outro lado, são a principal matéria-prima nas montanhas.

Arquitetura moderna


Com o desenvolvimento da China, as construções de aeroportos, estádios, arranha-céus, teatros, residências e monumentos romperam gradualmente as concepções tradicionalistas e apareceram novas formas combinando estilos orientais e ocidentais.

Nas principais metrópoles surgiram construções inovadoras mesclando estilos, desenvolvidos tanto por arquitetos locais como estrangeiros. Prédios como Jin Mao e IFC, em Xangai, e CCTV e ninho do pássaro, em Beijing, e Guangzhou TV tower, em Guangzhou, simbolizam a grandiosidade e arrojo das edificações modernas da China. Grandes nomes da arquitetura contemporânea incluem I.M. Pei e Wang Shu.

Cultura 2
Moderno e Clássico: Cidade Proibida, em Beijing, e Edifício do Bank Of China, em Hong Kong, do arquiteto I. M. Pei
Filosofia e Religião

As “Cem escolas de Pensamento” representam um período (770 a.C a 220 a.C) de grande expansão do pensamento e conhecimento chinês.

Muitos dos conhecimentos desenvolvidos se juntaram aos trabalhos do pensador Confúcio (551-479 a.C) para formar juntamente com o Taoismo a base da filosofia chinesa tradicional. O confucionismo prega a justiça, tradicionalismo, respeito a autoridade e valoriza a busca pelo conhecimento. Enquanto o Taoismo, também considerado uma religião, busca o equilíbrio do ser humano com os elementos e a natureza, sempre valorizando a harmonia e paz interior através da compaixão, humildade e simplicidade.

Uma grande variedade de religiões é praticada na China desde o início de sua história. Os templos de várias crenças diferentes pontilham a paisagem da China. Apesar da proibição e restrição a religião durante o início do período Comunista, hoje elas florescem com a anuência supervisionada do governo. Mais da metade da população é atéia ou agnóstica (53%) masoTaoismo (30%), Budismo (11%), Cristianismo (4%) e Islã (2%) são as principais religiões do país.

Cultura 03
Templo dos Céus
Superstições

Os chineses são muito supersticiosos. Como o 13 no ocidente, o 4 é o número do azar. Isso porque o som da palavra “4” é parecido com o da palavra “morte”. Isso afeta tanto, que há prédios sem os andares 4, 14, 24 (e outros que terminam em 4) e números de celular terminados em 4 ou com muitos 4 chegam a custar menos por conta disso. Já o número 8 tem o som que se assemelha ao de “prosperidade”. Não à toa que os jogos Olímpicos de Pequim começaram no dia 8 de agosto de 2008, às 8:08 da noite, e números de telefone com 8 são mais procurados…

Nos telhados de casas e palácios, têm-se animais enfileirados para cuidado e proteção dos prédios e dos moradores consequentemente. A figura do dragão traz boa sorte – ele pode ser visto em casas, embarcações, jardins, muros e amuletos. Já os grandes leões, têm o objetivo de assustar os maus espíritos e impedir que entrem nas áreas dos palácios, assim como os espelhos (refletindo as energias negativas) que são postos nas portas de entrada.

Há, ainda, superstições associadas a gestos, palavras e cores. Presentear com relógios ou objetos cortantes pode ser interpretado como um fim ou corte de relações. E o branco é considerado como a cor de luto, já o vermelho é como a cor da sorte…

 

Gastronomia


Apesar de estar presente no mundo todo com restaurantes de imigrantes e redes de comida expressa, a gastronomia chinesa é uma arte exótica para os padrões ocidentais. Reconhecida como uma das mais sofisticadas e saborosas culinárias do mundo, come-se praticamente de tudo, com muitas iguarias vistas sob desconfiança pelos estrangeiros. Porém, muitos dos ingredientes para o dia a dia são os mesmos, mudando apenas a forma de preparo e os temperos. Arroz, massa, e carnes populares como porco, peixes, frango e de pato.

As refeições são quase sempre acompanhadas de tigelas com o famoso arroz branco e o auxílio dos famosos “palitinhos” – práticos e simples de manusear. Os líquidos como sopas e cozidos, são consumidos com uma colher larga e plana. Sendo assim, a maioria das refeições são preparadas com pratos variados em pedaços pequenos e em porções, prontos para serem compartilhados.

As refeições, em maior número de pessoas, são normalmente em uma mesa redonda com diversos pratos, servidos em sequência e compartilhados. Sempre acompanhados de chás e, dependendo da ocasião, do forte vinho de arroz local “baijiu” para brindar.

Ao contrário do que vemos em restaurantes chineses do ocidente, não existem “biscoitinhos da sorte” na China. Para sobremesa os chineses normalmente degustam um prato de frutas.

Por causa da extensão e diversidade étnica-cultural do país, a culinária chinesa pode ser dividida em muitos estilos regionais. Com uma variedade de ingredientes encontra-se desde os mais apimentados aos agridoces; de frutos do mar a carnes exóticas; legumes de todo tipo e uma infinidade de temperos. Além disso, mudam-se as formas de preparo. Comidas são grelhadas, cozidas, ensopadas, fritas, assadas e cruas, variando dependendo do local. A sofisticação das culinárias chinesas forma literalmente um “caldeirão” de sabores.

Cultura 05
Banquete chinês
Também usa-se uma infinidade de ingredientes naturais, muitos com fins medicinais, alimentos e chás e práticas que resultaram na milenar medicina tradicional chinesa.

Medicina Chinesa

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC), também conhecida como Medicina Chinesa é a denominação dada ao conjunto de práticas desenvolvidas ao longo dos milhares de anos. Desenvolvendo conceitos para a saúde do corpo baseada na busca da harmonia e equilíbrio energético, a MTC tem atraído muitos adeptos estrangeiros, inclusive. Valendo-se também da reflexologia e interconectividade de pontos sensíveis diretamente funcionamento dos órgãos, os tratamentos buscam curas holísticas e mais naturais.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a MTC é eficaz em patologias tais como: asma, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, insônias, alcoolismo, depressão, cefaléias, tabagismo, gripe, entre outros.

O diagnóstico inclui exame dos pulsos, exame da língua e um diálogo a fim de esclarecer os sintomas e causas presentes (tendo em conta também o contexto social do paciente). O tratamento é prescrevido numa perspectiva de integração das várias técnicas de MTC: acupuntura, fisioterapia, massagem, ventosas e de dieta. Pode acontecer também que lhe seja recomendado iniciar uma prática pessoal de Ginástica Energética e meditação.

Há diversos centros de pesquisa e estudo dedicados a MTC e vem ganhando espaço e influência no ocidente nas últimas décadas. Com isso, a indústria de produtos e medicamentos chineses e seus ingredientes exóticos têm visto uma demanda cada vez maior.

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Farmacêutico da Medicina Tradicional Chinesa
Música da China

Desde os tempos antigos, houve uma grande mudança na música chinesa devido às influências de doutrinas religiosas, filosóficas e ideológicas. A música chinesa também é considerada uma rica herança, pois ao mesmo tempo em que evolui para uma forma mais contemporânea, alguns instrumentos tradicionais são mantidos, como vários tipos de flauta, o sheng, o gongo, sinos e o erhu.

Cinema

A origem do cinema chinês se deu no início do século XX, sendo o primeiro filme realizado em 1905, o qual consiste em uma gravação da Ópera de Pequim. “O romance de um vendedor de frutas” (de Shichuan Zhang, 1922) é o filme mais antigo ainda conservado. Na década de 20, a indústria cinematográfica chinesa começou a desenvolver-se, sobretudo na cidade de Xangai.

As primeiras películas que ganharam notoriedade foram produzidas na década de 30, com o aparecimento de idéias comunistas. Com a Revolução Cultural na década de 60 mais a paralisação do progresso material e tecnológico do país, o cinema chinês atrofiou e se tornou pouco expressivo. Exceção feita a Hong Kong, que desenvolveu uma indústria cinematográfica robusta e produzia filmes de artes marciais e ação, revelando ao mundo grandes astros como Bruce Lee, Jackie Chan e Jet Li.

Com a reabertura da Academia de Cinema de Pequim, na década de 80, formou-se a primeira turma de jovens cineastas chineses como Zhang Yimou, He Ping e Chen Kaige, que na década de 90 voltaram a colocar o cinema chinês no mapa em grande estilo, dando origem ao Novo Cinema Chinês.

Na década de 2000, continuando esse ressurgimento, uma nova geração de cineastas e atores chineses, que estrelaram produções chinesas com destaque até em Hollywood ganhando Oscars como “O Tigre e o Dragão”. Essas produções além de manter a qualidade da geração anterior, experimentou novas formas estéticas que acabaram pondo o cinema chinês como um marco vanguardista.

Arte

A milenar arte chinesa é marcada bela beleza e delicadeza de seus traços e perfeccionismo presente nos suaves detalhes. Atravessando longos períodos durante as dinastias, a arte chinesa desenvolveu estilos elaborados e cuidadosamente praticados. Foram produzidas obras fantásticas, algumas sobrevivem até hoje. Muitas peças inclusive seriam incorporadas no dia a dia, principalmente da nobreza e da corte imperial.

Pinturas, vasos, jóias, esculturas e até utensílios domésticos foram criados através dos mais variados materiais através de refinadas técnicas em jade, porcelana, madeira, papel, metais e até seda. Os temas também são alguns exemplos da diversidade das coleções. Pintores destacam, em suas telas, as belezas naturais como paisagens, animais e aspectos mitológicos e divinos. Outros retratam a história e a glória militar, como os famosos guerreiros de terracota em Xian.

Com o tempo e as sucessivas guerras, invasões e revoluções, muitos desses tesouros se perderam, destruídos e roubados. Hoje há um esforço dedicado a recuperar e reunir muito do que foi danificado e dispersado, de volta aos acervos dos grandes museus que a China possui hoje em dia, como o Shanghai Museum em Xangai Entretanto, há também uma forte produção contemporânea. Depois de muito tempo restrita devido a censura e dificuldade econômica, o mercado de arte na China vem ocupando um espaço cada vez maior, crescendo mais até que a economia. Com isso, diversos artistas emergiram no cenário chinês nas últimas décadas, e hoje em dia suas obras são reconhecidas mundialmente e vendidas por milhões de dólares.

A antiga fábrica “798” que produzia eletrônicos nos arredores de Beijing, se tornou um espaço moderno que abriga atividades de alto nível cultural, artístico e comercial em Dashanzi Art District, centro de Beijing. Reúne arte contemporânea, arquitetura e um estilo de vida urbano. A partir de 2002, artistas e organizações culturais começaram a dividir, alugar, e retornar os espaços da fábrica transformando-os em galerias, centros de arte, estúdios de artistas, empresas de design, restaurantes e bares.

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Pintura do artista Zhang Zeduan retratando Bianglinga, capital do Império da Dinastia Son

Artes Performáticas

A China reúne alguns dos números mais famosos no mundo das artes performáticas.

A Ópera de Pequim é uma forma de teatro chinês tradicional que combina música, performance vocal, mímica, dança e acrobacia ao apresentar feitos históricos e lendas populares. Ela surgiu nos anos fins do século XVIII e tornou-se plenamente desenvolvida e reconhecida em meados do século XIX. O formato ficou extremamente popular na corte da Dinastia Qing e se tornou considerada como um dos tesouros culturais da China.

A ópera foi sempre um espetáculo muito popular, tanto entre o povo chinês como entre os nobres e imperadores. Na elaboração dos argumentos e da música participaram escritores e aristocratas. Os imperadores da dinastia Tang, Hsuan Tsung (712-755) e Chuang Tsung (923-925), são considerados pais honoríficos da Ópera de Pequim devido ao apoio dado a esta arte.

Os grupos acrobáticos chineses também encantam platéias do mundo todo, com suas plasticidade e números incríveis. Exibindo equilíbrio, contorcionismo, agilidade e destreza inimagináveis as trupes chinesas são referência nas artes performáticas.

Artes Marciais


O Kung-Fu nasceu da necessidade de sobrevivência dos antepassados na luta contra animais ferozes e contra inimigos. Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jovens a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas. De um modo geral, estrutura o corpo físico, em combinação com a mente, extravasando as ansiedades, angústias e estresses acumulados no dia a dia, fortalecendo-os. O Kung-Fu pode ser praticado por adultos e crianças de ambos os sexos.

Benefícios

Controle Físico: desenvolvimento da coordenação motora, força, resistência flexibilidade, velocidade, ritmo, auxiliando no crescimento e ainda controle do aumento e diminuição do peso;
Controle Emocional e Mental: proporciona maior segurança, tranquilidade e controle das ações, desenvolvimento do raciocínio, os reflexos, maior atenção e concentração mental;
Defesa Pessoal: muito rico em técnicas de defesas diversas, incluindo variadas técnicas de ataque que por sua vez só deverá ser usada, em último recurso.
O Tai Chi Chuan foi criado originalmente como um método de auto defesa por sacerdotes taoístas por volta do século XII. Seu objetivo é buscar a união da força com a suavidade, do corpo com o espírito e promover a interação do homem com a natureza. O Tai Chi Chuan também pode ser praticado por pessoas de qualquer idade, ele é considerado uma aeróbica de baixo impacto, sem riscos de lesões e sem contra indicações.

Benefícios

Atua sobre todos os sistemas orgânicos do corpo;
Regula as funções cardiovascular, respiratória, digestiva e hormonal;
Minimiza patologias articulares;
Melhora a orientação espacial e o equilíbrio;
Aumenta a flexibilidade e a força muscular;
Reduz a ansiedade e o estresse físico e emocional.

5)geografia

Cobrindo um território de 9,6 milhões de km², a República Popular da China é um dos maiores países do mundo em área territorial, com o maior número de habitantes do planeta, equivalente a mais de 20% da população mundial.

Faz fronteira com *14 países e possui uma extensão litorânea de 20 mil km ao longo do Oceano Pacífico.

* Fronteiras terrestres:

Total: 22,117 km

Países fronteiriços: Afeganistão 76 km, Butão km 470, km 2.185 Birmânia, Índia 3,380 km, 1,533 km Cazaquistão, Coréia do Norte 1,416 km, 858 km Quirguistão, Laos 423 km, 4,677 km Mongólia, Nepal 1,236 km, 523 km Paquistão, Rússia (nordeste) 3,605 km, Rússia (noroeste) 40 km, 414 km Tadjiquistão e Vietnã 1,281 km

Fronteiras regionais: Hong Kong 30 km e Macau 0,34 km

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A China

Comparação em área territorial com o Brasil:

China – 9.6 milhões km²

Brasil – 8.6 milhões de km²

Dados – China

4º maior país em extensão do mundo
Área territorial total: 9596961 km ²
Extensão de terra: 9.569.901 km ²
Extensão de água: 27,060 km ²
Capital: Beijing
Regiões Adiministrativas: 34 Divisões Administrativas
Quatro (4) municípios abaixo da Jurisdição Central:
– 23 Províncias

– 5 Regiões Autônomas

– 2 Regiões Administrativas Especiais

População

Número de habitantes: 1.343.239.923 Bilhões = 1.344 Bilhões de habitantes – país com o maior número de habitantes do mundo

Número de residências: 365 milhões

Expectativa de Vida: 73 anos

População Total: 74.84 anos
Comparação país para o mundo: 96ª posição
Expectativa de VIda – Homens: 72,82 anos
Expectativa de VIda – Mulheres: 77,11 anos

Idiomas e dialetos

Idiomas

Padrão Chinês ou Mandarim: Mandarim, baseada no dialeto de Beijing ou Pequim

Dialetos / Variações idiomáticas e regionais: Yue (cantonês), Wu (Xangai), Minbei (Fuzhou), Minnan (Hokkien-Taiwan), Xiang, Gan, dialetos Hakka, as línguas minoritárias (ver grupos étnicos entrada )

Observação: O idioma Mongol é oficial em Nei Mongol, Uigur é oficial na região de Xinjiang Uygur, Tibetano e é oficial na Xizang (Tibet)

Fonte: Site Oficial – CIA – The World Factbook

6)historia
A China é considerada uma das mais antigas civilizações do mundo, com cerca de 4000 anos de existência. Sua história pode ser dividida em 4 principais eras: a China Antiga, as Eras Imperiais, a China Nacionalista e a China Comunista.

China Antiga
Neste período, três dinastias iniciaram o processo de ocupação territorial e formação étnica do povo chinês.

A primeira delas é conhecia como Xia (2200 A.C. – 1750 A.C.). Os Xia ocuparam o Vale do Rio Amarelo (considerado o berço da civilização chinesa) e foram precursores do sistema de escrita criado na dinastia Shang, além de introduzirem a agricultura, medicina, comércio e o casamento.

A segunda foi Dinastia Shang (1750 A.C. – 1040 A.C.). Esta dinastia, desenvolveu o uso de peças de bronze e formou uma vasta civilização caracterizada pela divisão da sociedade entre os nobres, habitantes das cidades-palácios, e os camponeses. Sua organização política era monárquica, embora o poder deste, na prática, se limitasse ao campo religioso. Além disso, esta dinastia ficou conhecida, principalmente, pelo desenvolvimento do sistema de escrita gravado em peles de animais.

A dinastia Shang foi enfraquecida pela pressão dos povos vizinhos, sendo substituída pela dinastia Zhou (1100 A.C. – 771 A.C.). Tida como a principal fundadora da civilização chinesa, essa dinastia controlou a região do chamado Reino Médio. Os Zhou foram responsáveis pelas primeiras criações de peças com ferro, que ajudou conter as ameaças às fronteiras, e pela elaboração de distintos sistemas de pensamento filosófico: o confucionismo e o taoismo.

No fim desse período, inicia-se um intenso momento de batalhas, conhecido como Estados Guerreiros (403 A.C. – 221 A.C.), encerrando as origens da civilização chinesa.

A China Imperial (221 A.C. até 1644 D.C)
Após a fase inaugural da civilização chinesa, inicia-se o Período Imperial, que é subdividido em: Primeira Era Imperial (221 A.C. – 589 D.C.), Segunda Era Imperial (589 D.C. – 1279 D.C.) e Terceira Era Imperial (1279 D.C. – 1644 D.C.).

Primeira Era Imperial:

Dinastia Qin (221 A.C. – 206 A.C.).

A Primeira Era Imperial inicia-se com a ascensão da dinastia Qin. Essa dinastia foi de vital importância para a China, pois lançou as bases do império, formou grande parte do atual território chinês e foi responsável pelo processo de centralização político-administrativa que garantiu a unidade dos territórios. Com a morte do imperador, em 210 A.C., o governo dos Qin entrou em colapso com a deflagração de uma série de conflitos internos, da qual saiu vencedora a dinastia Han.

Primeira Dinastia Han (206 A.C. e 220 D.C.)

A dinastia Han manteve grande parte da estrutura político-administrativa implementada pelos Qin. Os Han também adotaram uma política expansionista que resultou na conquista de vários territórios e coincidiu com um período de expansão comercial e agrícola. No campo ideológico, essa dinastia fez do confucionismo a doutrina oficial do estado e a Literatura e as Artes tiveram intenso desenvolvimento. Importantes avanços tecnológicos também fizeram parte desse período, com a invenção do papel e da porcelana.

Os Três Reinados (220 – 265) e as 6 Dinastias do Norte e do Sul (317 – 589)

Nesse período, com a queda da dinastia Han, a China sofreu divisões internas e o ataque de diversos povos nômades (tibetanos, turcos e mongóis) que trouxeram notáveis mudanças. A primeira dela é que a etnia Han foi forçada a se deslocar para a região sul do território chinês, enquanto os povos “bárbaros” promoveram um intercâmbio cultural ao se fixarem na parte norte. No âmbito religioso, difundiram-se o budismo e o taoísmo.

 

Segunda Era Imperial:

Dinastia Sui (589 – 618)

Na Segunda Era Imperial, a China passou por um processo de reunificação territorial e reorganização política, econômica e social empreendido pela dinastia Sui. Os Sui conduziram um intenso processo de centralização política e a criação de um rigoroso sistema de contribuição social que incluía o pagamento de impostos e a participação em trabalho compulsório. Seu fim é explicado por uma série de turbulências internas e questões militares que enfraqueceram seu domínio, principalmente as investidas realizadas contra a Coréia, no início do século VII.

Dinastia Tang (618 – 907)

A dinastia Tang continuou a reunificação do território, reorganizou a administração e alargou as fronteiras da China. Durante essa época, houve um grande desenvolvimento cultural do povo chinês, com a popularização da escrita.

Durante o século VIII, uma série de tensões políticas marcou o processo de crise e desintegração da Dinastia Tang, ocorrendo sua queda, em 907. Depois da queda, até a primeira metade do século X, a China passou por um novo processo de desintegração política que a dividiu em cinco dinastias ao norte e dez reinados ao sul.

Dinastia Song (960 – 1279)

Depois dessa fase marcada pela descentralização política, a Dinastia Song conseguiu reimplantar a unificação dos territórios. Ao estabelecer sua dinastia, os Song elevaram o crescimento econômico e estimularam o desenvolvimento da cultural, com a difusão de textos impressos e a renovação das doutrinas confucionistas e ascensão do Neoconfucionismo. A força desse conjunto de ideias foi responsável por um período de grande estabilidade nos campos político, social e ideológico na China.

 

Invasão mongol e o Yuan (1279 – 1368)

A invasão mongol na China e a dominação do território chinês, em meados do século XIII, consolidou uma nova fase da história política da China. Kublai Khan derrotou os Song e unificou todo o território chinês, estabelecendo a Dinastia Yuan. Contudo, preservou a estrutura hierárquica existente. Durante essa época, o império realizou a ampliação do Grande Canal e o controle da zona ocidental, o que possibilitou a extensão do contato comercial dos chineses a outras regiões da Ásia e da Europa, permitindo os primeiros contatos entre os chineses e o mundo ocidental.Esse intercâmbio cultural abriu espaço para o desenvolvimento tecnológico e surgimento de novas orientações religiosas.

 

Dinastia Ming (1368 – 1644)

Em 1368, a dinastia mongol foi deposta do poder pela resistência interna, e, a dinastia Ming assume o poder. Essa dinastia incentivou o isolamento sociopolítico e cultural a fim de preservar a unidade do povo chinês. Ao mesmo tempo, a grande estabilidade criada durante os Ming justificou, entre os chineses, a crença de que sua civilização alcançara um grau de autonomia onde o contato e valores estrangeiros eram secundários.

Em contrapartida a fase isolacionista, a atividade marítima foi amplamente desenvolvida. As embarcações chinesas chegavam à Arábia, e há alguns relatos do início do século XV que sugerem que um navegante chamado Zheng He teria feito a circunavegação do globo terrestre, antecipando em quase cem anos a teoria proposta por Cristóvão Colombo. Além disso, o território chinês se expandiu para a Manchúria, Indochina e Mongólia.

Entretanto, este reinado começa a cair em decorrência da chegada dos europeus, em 1516, e tem seu fim definitivo no ano de 1644, após a invasão manchu, dando início à última dinastia imperial da China.

 

Dinastia Qing (1644-1911)

A Dinastia Qing alcançou o poder em um período delicado na China, devido às contradições geradas pela visão de mundo isolacionista dos Ming, os problemas de ordem interna e a aproximação dos países capitalistas ocidentais. Durante essa dinastia, a população chinesa cresceu bastante e realizou importantes expansões territoriais. Em virtude dessas expansões e com a chegada dos europeus, durante o século XVI, começou o contato dos chineses com o Ocidente. Esse contato com povos estrangeiros somente era aceitável por motivos comerciais. Em âmbito cultural, os valores das demais nações eram vistos como inferiores à cultura chinesa.

Com o fim do século XVIII, porém, a China entrou em um período de crise econômica, política e social. A grande população chinesa deparou-se com a falta de empregos e a carência de terras disponíveis. A eclosão desses problemas sociais também incentivou a formação de sociedades, que combatiam a dinastia Qing.

Além dos problemas internos, China era ameaçada pela Europa, que pretendia aumentar sua penetração comercial no país. A instabilidade política interna, fruto da crise econômica, serviu de brecha aos europeus para forçarem a abertura dos portos chineses ao comércio. Em 1839, os ingleses aproveitaram a destruição de um carregamento de ópio (mercadoria que introduziam na China a partir da Índia) para declarar guerra à dinastia manchu. A chamada guerra do ópio terminou com a derrota chinesa, onde os ingleses forçaram o Tratado de Nanquim (1842), pelo qual os chineses se comprometiam a abrir ao comércio britânico cinco portos, entre os quais os dois mais importantes do país, Xangai e Cantão, e além disso, cessão de Hong Kong e Macau.

Nos anos seguintes, prosseguiu a instabilidade interna. Em meados da década de 1850, sucederam-se os levantes muçulmanos das regiões de Xinjiang e Yunnan; e, em 1853, o movimento Taiping, de cunho religioso e milenarista, conquistou Nanjing e tentou expandir seu poder pelo norte da China. Uma intervenção militar franco-britânica obrigou o governo chinês a fazer novas concessões. Pelo Tratado de Pequim, firmado em 1860, abriram-se 11 outros portos no país e ofereceram-se mais vantagens aos estrangeiros. A China, agora aberta ao comércio, tornou-se presa dos interesses europeus. O império cedeu aos franceses o território vassalo do Vietnam e aos japoneses a ilha de Formosa e a península da Coréia.

As duasGuerras do Ópioe seu tráfico foram custosos para aDinastia Qinge para o povo chinês. O tesouro imperial foi extremamente reduzido, por conta do pagamento de indenizações devidas às guerras e à grande evasão depratacausada pelo tráfico deópio. Além disso, a China sofreu duas fomes extremas em 1860 e 1880, e os Qing não conseguiram de acudir a população. Tais eventos tiveram um profundo impacto ao desafiar a hegemonia de que os chineses gozavam naÁsiahá séculos e mergulharam o país no caos.

Em virtude das ações imperialistas das potências capitalistas da época, a integridade política e econômica da China foi abalada e fez com que, a partir da segunda metade do XIX, o governo chinês buscasse formas de remodelar suas instituições por meio do domínio de saberes oriundos do mundo ocidental.

 

Revolução de 1911 e a República
No início do século XX, devido às transformações e mudanças ocorridas com a introdução dos interesses estrangeiros em seus territórios, começou a ganhar força na um expressivo movimento de modernização política entre representantes políticos nacionalistas, anti-imperiais, militares e estudantes, que defendiam a derrubada da Dinastia Qing e a proclamação daRepública. Eles eram inspirados pelas ideias de Sun Yat-sen, fundador do partido nacionalista conhecido como Kuomintang.

Em outubro de 1911, um grupo de militares da cidade de Wuchang, iniciou um conflito contra a dinastia Qing, que rapidamente se espalhou pelo país dando origem a Revolução de 1911. Ela levou à proclamação da República da Chinaem 1912 e a formação de um governo provisório. Sun Yat-sen foi declarado presidente, mas foi forçado a passar o poder a Yuan Shikai, como parte do acordo de deixar o último imperador abdicar.

Nos anos seguintes, Shikai aboliu as assembleias nacionais e provinciais e declarou-se imperador. Contudo, suas ambições imperiais encontraram forte oposição por parte de seus subordinados, de modo que terminou por abdicar em 1916, morrendo logo depois. Sua morte deixou um vácuo de poder na China e inaugurou um período de guerras civis, durante a qual grande parte do país foi governado por coalizões concorrentes de líderes militares provinciais, os “Senhores da Guerra”.

Nos anos 1920, com a propagação de movimentos comunistas pelo mundo e sucesso da revolução na Rússia foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC). Com forte apelo popular, o novo partido foi visto como uma ameaça à ordem governamental e, por isso, seus membros foram perseguidos pelas autoridades.

Na mesma época, Sun Yat-sen estabeleceu uma base revolucionária no sul da China e se propôs à unificação do país com auxíliosoviético e aliado aoPCC. Após a sua morte em1925, seu sucessor,Chiang Kai-shek, assumiu o controle doKuomintange unificou a maior parte do sul e do centro da China. Em seguida, rompeu com o PCC e iniciou a perseguição aos comunistas, provocando uma guerra civil (1927-1936). Em 1934, os comunistas iniciaram sua famosa “Longa Marcha” pelos terrenos no noroeste da China, onde estabeleceram uma base guerrilheira. Durante a Longa Marcha, os comunistas reorganizaram sob um novo líder, Mao Tsé-tung.

Enquanto isso, em 1931, os japoneses aproveitaram a guerra civil para forçar a entrega de vários territórios chineses. Essa política de concessões gerou protestos em toda China, o que obrigou o governo nacionalista a enfrentar os invasores. Durante essa invasão japonesa, os nacionalistas e os comunistas formaram uma frente unida para opor-se à japonesa. Contudo, o conflito entre o KMT e o PCC continuou, aberta ou clandestinamente, ao longo dos catorze anos da invasão japonesa.

Após a derrota do Japão em 1945, a guerra entre o KMT e o PCC foi retomada, depois de tentativas frustradas de reconciliação. Assim, em 1947, beneficiando-se da excessiva dispersão das tropas nacionalistas, o exército comunista conquistou todo o norte da China. Ao mesmo tempo, a negativa do governo nacionalista de promover reformas e acabar com a corrupção atraiu para Mao o apoio de grande parte da burguesia e dos intelectuais da zona controlada por Chiang Kai-shek.

 

A Revolução Chinesa de 1949 e a República popular
A guerra civil terminou em 1949 com o PCC de Mao Tsé-Tung vitorioso e em 1 de Outubro de 1949, foi proclamada a República Popular da China (RPC). Derrotados Chiang Kai Shek e seu Kuomintang, fugiram para a ilha de Taiwan. Lá constituiram um governo nacionalista que até hoje governa de forma autônoma a ilha.

Durante os três primeiros anos do novo regime, a China passou por diversas transformações econômicas: decretou-se uma reforma agrária, nacionalizou as instituições financeiras e comerciais e manteve o setor privado na indústria. Além disso, a primeira constituição do regime foi aprovada em 1954 e definia a China como um estado socialista, estruturado segundo os princípios do centralismo democrático e alinhado a União Soviética e aos países europeus do bloco soviético. Em 1950, os chineses intervieram na guerra da Coréia, primeiro conflito militar a opor capitalistas e socialistas, apoiando o governo comunista da Coréia do Norte contra a do Sul, respaldado pelas Nações Unidas.

A RPC foi moldada por uma série de campanhas e planos qüinqüenais, com diferentes níveis de êxito. O primeiro plano qüinqüenal, inspirado no modelo soviético, com o objetivo de acelerar o processo de industrialização e incrementar a produção foi um sucesso. Seus resultados favoráveis estimularam o governo comunista chinês a criar um grande projeto de transformação político-econômico que ficou conhecido como “Grande Salto para Frente”. Entretanto, seu resultado foi um fracasso e resultou em fome e degradação econômica e social.

Paralelamente, surgiram graves problemas internos e externos. Em 1960, a China rompeu relações com a União Soviética, devido à luta pela hegemonia na direção do movimento comunista internacional e as disputas territoriais ao longo da fronteira. Internamente, o partido comunista estava dividido em duas facções: a primeira, que defendia a pureza ideológica do comunismo chinês, e a segunda, favorável a uma postura tecnocrática.

Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, um programa de controle cultural, político e ideológico que duraria até a morte de Mao. Essa revolução foi fundamental para depurar o partido, afastando do poder os elementos moderados e estimulando o espírito revolucionário do povo. A revolução cultural paralisou o progresso material e tecnológico do país.

Na década de 1970, a política internacional da China se orientou no sentido da distensão e da moderação. Essa nova postura criou condições para o ingresso do país nas Nações Unidas (outubro de 1971) e para a normalização das relações diplomáticas com muitos países capitalistas, como os Estados Unidos com a histórica visita do presidente Nixon à China em 1972 e o estabelecimento de relações diplomáticas com Brasil em 1974. Em 9 de setembro de 1976 morreu Mao Tsé-Tung e assim, a China entrava em uma era mais pragmática.

 

Pós-maoismo
Com a morte de Mao, em 1976, o “Bando dos Quatro”(núcleo radical do Partido Comunista Chinês ligado a Mao Tsé-tung formado por sua esposa, Chiang Ching, e por Zhang Chunqiao, Yao Wenyuan e Wanga Hongwen) foram presos e acusados de excessos da Revolução Cultural, marcando o fim de uma era turbulenta política na China.

Deng Xiaoping emergiu como o líder de fato da China, apesar do sucessor de Mao ser o presidente Hua Guofeng. Deng foi o líder supremo da China, de 1978 a 1992. Embora nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, durante seu “governo”, foi iniciada a abertura da China para o mundo e a introdução de reformas na economia e sociedade, visando modernizar a China e trazer prosperidade.

No campo político, consolidava-se a tendência à distensão com os países ocidentais e ao confronto com a União Soviética. Nesta época, a China passou por uma grandeabertura diplomática e de liberdades pessoais. Em 1982, houve a promulgação de uma nova constituição.

Um dos principais fatores que permitiram a arrancada da produção industrial e comércio da China foi a criação das chamadas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) por Deng. As ZEEs apresentam políticas econômicas especiais (mais orientadas para o livre mercado) e medidas governamentais mais flexíveis, que visavam atrair investimentos estrangeiros e absorver as inovações tecnológicas desenvolvidas nos países mais avançados. Isso permitiu às ZEEs terem um sistema de gestão econômica propício para fazer negócios, que não existia no resto da China continental. A primeira cidade chinesa a abrigar uma ZEE foi Shenzhen.

Além disso, seu governo acelerou o processo de liberalização e modernização com as reformas econômicas, onde se destacam as quatro modernizações, nos setores da agricultura, indústria e comércio, ciência/tecnologia e na área militar. Contudo, o princípio socialista da propriedade estatal dos meios de produção não foi alterado. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema denominado por alguns como “socialismo de mercado” ou “capitalismo com características chinesas”.

Entretanto, o processo de modernização chinesa enfrentou dificuldades iniciais, já que o país passou a enfrentar os problemas de transição para uma um mercado mais aberto, como inflação, desemprego, tensão política, corrupção, êxodo rural e desigualdades sociais crescentes levando a protestos e insatisfação geral da população no final da década de 80.

 

Anos 90 – Modernização e Crescimento Acelerado
No início da década de 90 ascende à Presidência Jiang Zemin e o primeiro ministro Zhu Rongji, que governaram um período marcado por reformas econômicas significativas, incluindo privatizações, investimentos e parcerias estrangeiras e abertura do mercado. Nesse período o desempenho econômico da China tirou uma estimativa de 150 milhões de camponeses da pobreza e manteve uma impressionante média anual de crescimento do PIB de 11,2%.

Com a morte de Deng Xiaoping em 1997, Jiang Zemin se tornou a maior figura política do país, mantendo a transição para o “capitalismo com características chinesas”. Em julho do mesmo ano, em meio a crise financeira asiática que abalou as bolsas e economias da região como um todo, celebrou-se a re-incorporação, após mais de um século de domínio inglês, de Hong Kong a República Popular da China, e dois anos depois o retorno de Macau pelos portugueses. O fim da colonização ocidental de territórios chineses também é simbólico da nova ordem global e o papel da China no mundo.

 

Século XXI – Ascenção como potência no cenário mundial
O novo milênio consolidou a maior abertura da economia da China, sua modernização e crescente exportação e investimento no exterior. A entrada como membro pleno da OMC em 2001 é um marco importante nesse progresso.

Em 2003 assumiu a nova liderança sob o Presidente Hu Jintao e o Primeiro Ministro Wen Jiabao, que mantiveram o crescimento econômico e desenvolvimento do conhecimento e inovação bem como uma presença maior da China no cenário global.

Os grandes exemplos dessa nova China são os sucessos tanto do programa espacial Chinês como a realização de grandes eventos mundiais. Em 2003 a China começou a explorar o espaço com viagens tripuladas culminando em um passeio espacial em 2008 tornando-se o terceiro país a levar um astronauta ao espaço.

O sucesso de grandes eventos como as Olimpíadas Beijing em 2008 e Expo Shanghai 2010 reforçaram ainda mais a imagem da China como um líder no cenário mundial indo de encontro com uma presença maior da China no cenário global. A demanda por recursos naturais e commodities para seu acelerado crescimento resultou em parcerias e intercâmbio cada vez maiores no comércio e investimentos. Com isso a China se tornou o maior parceiro comercial e investidor de diversos países, principalmente na África, Ásia e América Latina, expandindo conjuntamente sua influência econômica, geopolítica e cultural.

No fim de 2012, o Congresso do PCC elevou Xi Jinping ao posto de secretário-geral do PCC e líder da Comissão Militar, assumindo a Presidência em Maio de 2013, com o Primeiro Ministro Li Keqiang. Como 59 e 57 anos, respectivamente, Xi e Li são também as figuras mais jovens da nova liderança central, assinalando o início da ascensão ao topo do poder de uma nova geração de líderes.